D.J. Gottlieb; N.M. Punjabi.
Palavras Chave: Apneia do Sono, Apneia Obstrutiva do Sono (AOS), Ronco, diagnóstico, tratamento, CPAP, aparelhos de pressão aérea positiva (PAP), aparelhos intra-orais (AIO), cirurgia.
IMPORTÂNCIA
A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) afeta 17% das mulheres e 34% ds homens nos Estados Unidos e apresenta similar prevalência em outros países. Essa revisão fornece uma atualização no diagnóstico e tratamento da AOS.
OBSERVAÇÕES
O sintoma mais comum da AOS é a sonolência excessiva, embora esse sintoma seja reportado por 15 a 50% das pessoas com AOS na população geral.
A AOS está associada com risco 2 a 3 vezes aumentada de doenças cardiovasculares e metabólicas. Em muitos pacientes, a AOS pode ser diagnosticada com testes domiciliares, os quais possuem sensibilidade de aproximadamente 80%.
Tratamentos efetivos incluem perda de peso e exercícios, aparelhos de pressão aérea positiva, aparelhos intra-orais que protruem a mandíbula durante o sono, e modificações cirúrgicas dos tecidos moles da faringe ou do esqueleto facial para aumentar a via aérea superior. A estimulação do nervo hipoglosso é efetiva em pacientes selecionados com IMC (índice de massa corporal) menor que 32 Kg/m2.
Atualmente não existem terapias farmacológicas efetivas. O tratamento com aparelhos de pressão aérea positiva reduz a pressão arterial, especialmente em pacientes com hipertensão resistente; porém, ensaios clínicos randomizados do tratamento da AOS não demostraram benefício significante nas taxas de eventos cardiovasculares ou cerebrovasculares.
CONCLUSÕES E RELEVÂNCIA
A AOS é uma doença comum e sua prevalência está aumentando com a obesidade. A sonolência excessiva diurna está entre os sintomas mais comuns, mas muitos pacientes com AOS são assintomáticos. Pacientes com AOS que são assintomáticos, ou aqueles com sintomas leves e pouco incômodos, a princípio não apresentam risco em dirigir, e podem ser tratados com medidas comportamentais, tais como perda de peso e exercícios. Intervenções como aparelhos de pressão positiva são recomendados para aqueles com sonolência excessiva e hipertensão resistente. O controle da OAS assintomática para reduzir eventos cardiovasculares e cerebrovasculares não é atualmente suportada por evidência de alta qualidade.
JAMA. 2020;323(14):1389-1400. doi:10.1001/jama.2020.3514
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